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terça-feira, 17 de maio de 2016

A melhora da técnica vocal de John Mayer

(Se preferir, pode pausar a música)



Há algum tempo acompanho o trabalho do John Clayton Mayer. Conheci seu trabalho em 2008 e a primeira música que ouvi foi Bold As Love, originalmente gravada por Jimi Hendrix. Fiquei impressionado com sua habilidade e domínio na guitarra. Estava claro pra mim do dom que aquele cantor, guitarrista e compositor nato tinha - o que fui descobrindo ao longo do tempo, claro.

Desde então, nunca deixei de acompanhar seus trabalhos, pelo fato de também tocar guitarra desde moleque. Quando eu ainda fazia parte da banda RUS (veja post sobre a banda), ele foi uma grande inspiração. Às vezes até demais.

Em setembro de 2013 tive a oportunidade de ir ao show na Arena Anhembi em São Paulo, para um público de 60 mil pessoas segundo os organizadores. Era um público de adolescentes e casais, jovens e adultos com o mesmo gosto musical. Um show recheado de clássicos, novas canções e até músicas que estavam fora do repertório. Em alguns momentos, o público pedia, ele "tocava" contrariando até seu repertório. Minha esposa embarcou nesse show comigo. O Philip Philips abriu a noite e também foi demais. Um ano depois vídeos dessa noite fariam parte do nosso clipe do casamento!

Com relação à sua voz, era um dos primeiros shows da turnê após sua cirurgia na garganta para cura de um tumor diagnosticado em 2011. Era meu primeiro show dele e fiquei na expectativa de ouvir sua voz, sua extensão vocal que voltaria aos poucos e gradativamente. Ele fez algumas notas baixas como não de costume em suas apresentações. Era sinal de que ainda estava se acostumando com a nova etapa. Mas ao longo do show ele foi soltando a voz e fazendo sua marca registrada. Não posso deixar de citar as caretas quando canta. Ao vivo isso ficou bem evidente no telão. Mas isso é detalhe que fica de lado enquanto sola suas stratocasters.

Me lembro perfeitamente quando rumores de que ele poderia fazer um show em São Paulo, aproveitando sua vinda para o Rock in Rio 2013. E para alegria de milhares de brasileiros, o show foi feito em uma quinta-feira, antes de sua apresentação no RiR. Poderia ter feito mais um ou dois shows no Brasil tranquilamente, pois teria público pra isso.

Desde que comecei a acompanhar o trabalho do John Mayer, percebo que ele aperfeiçoou muito sua técnica vocal, se assim posso dizer. É uma análise amadora, de um ouvinte. Mas sem dúvida acredito que evoluiu e muito sua habilidade além da guitarra. Se bem que o dom que ele tem para fazer tudo que faz e ainda cantar, já basta. Mas não é todo mundo que consegue ter um evolução notável assim, penso eu.

Com esses vídeos posso exemplificar melhor minha percepção. No primeiro ele tem uma "emissão de ar maior" quando canta, fazendo o estilo desse DVD, lançado em Junho de 2003.




Nesse segundo vídeo, do Rock in Rio 2013, 10 anos depois, fica evidente a melhoria na emissão das notas com menos ar, deixando a música mais limpa e cristalina, mesmo depois da cirurgia na garganta. A música Why Georgia está em 1:01:28. Abaixo está o show completo.



Pelo fato de ter ido ao show em São Paulo e depois assistir pela TV esse show no Rock in Rio, percebi que, talvez pela "euforia" de um festival, com tempo determinado para sua apresentação, com várias bandas para se apresentar no mesmo dia e também pela reação do público de um festival desse tamanho, pelo fato de ter sido o "mesmo show" da turnê, em São Paulo ele foi mais cauteloso com suas notas, não subindo tanto nos agudos, deixando mais frente para os backing vocal. Em São Paulo foi um show longo, com muitas músicas e momentos de um show particular. Foi animal! Mas no RiR ele 'navegou' por todas as notas antes feitas em gravações originais.

Ainda sobre o Show do RiR2013, não posso deixar de citar o eletrizante solo final de Gravity, onde como sempre ele leva o publico ao delírio, 1:11:29.

Bom, para terminar e focando no melhor do JM, vou compartilhar um dos solos que mais gosto, onde ele usa a música City Love de gancho para fazer uma introdução arrebatadora;






Até a próxima!



Douglas