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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

The Voice Brasil 2016

Fala turma!

Gosto do programa pois também gosto de cantar, ou quem sabe, arriscar um canto. Cresci em meio à rodas de viola e violão, músicas pop nacional, rock clássico e por aí vai. Desde pequeno, sem internet na época, sem celular, sem YouTube, os livrinho de partituras faziam a alegria dos churrascos. Na época da banda RUS já adolescente, era muito gostoso poder dividir as letras com o público.

Mas o assunto hoje é outro.

The Voice Brasil 2016


    Foto: Divulgação


Quando dá certo, assisto o programa pra ver os participantes suando pra vencer e ter o reconhecimento do público e quem sabe começar a carreira de forma sólida com um estilo de música definido ou lapidado se já tiver um - são poucos os que defendem uma bandeira logo de cara, pelo menos aqui do Brasil. O The Voice americano nesse ponto e em outros também, é na minha opinião, mais interessante. Sempre trás participantes de diversos estilos e já definidos, que buscam agradar seu público desde o início. Mas dificilmente que chega às finais, quem canta pouco ou tem pouca técnica. O inglês (idioma), pra nós, Brasileiros, de tanta influência de músicas estrangeiras, acaba soando melhor aos ouvidos, o que gera uma expectativa e uma aceitação 'melhor' das músicas (o Pop/Rock internacional é muito consumido por nós). A versão americana apresenta um nível de técnica dos jurados mais apurada. Sempre que falam sobre as apresentações, eu concordo na grande maioria e vejo a análise ser pelo menos coerente, diante da apresentação que acabou de acontecer. Já no The Voice Brasil, a análise dos jurados nem sempre é recheada de técnica, o que poderia ajudá-los à progredir na competição e também no conhecimento pessoal. Lulu Santos e agora presente o Michel Teló, sabem expor ao candidato e passam pra mim, uma análise coerente. Justa. Carlinhos Brown também passa essa confiança, mas sempre inclui uma análise cultural do estilo apresentado x atualidade no Brasil. A Claudia Leite, pra mim, ainda não passa essa bagagem técnica em suas análises. Leva muito para o lado cultural e emocional - o que é importante em um cantor sim. Mas o outro lado é tão importante quanto.

Apresentador

O Tiago Leifert, na minha opinião, tem uma enorme contribuição para o "sucesso" (visibilidade) do programa. Desde a sua massiva participação na programação de esporte na Rede Globo, vem desbravando novos formatos e principalmente na linguagem direta, simples, agradando o telespectador. É um ótimo comunicador, pioneiro, nerd (está com o novo programa na grade chamado Zero1), sabe dosar as brincadeiras e seus trocadilhos com o público, jurados e participantes. Está sempre nos assuntos mais comentados na internet.

Candidatos Temporada 2016

Se a ideia é lançar/encontrar "a voz" Brasil à fora, isso nem sempre é acontece com o vencedor. Muitas vezes pode até acontecer com qualquer participantes. Mas não é uma regra. É difícil falar de estilos, quem é melhor ou pior pois não tenho cacoete para isso e ao vivo é diferente - o que pode influenciar na votação, à meu ver.

Vou dar minha opinião dos 02 melhores candidatos de cada jurado, na atual etapa do programa. Cada apresentação pode ser decisiva para o candidato. Mas, levando em conta o desempenho na temporada toda, vou dar meu pitaco, em ordem do melhor para segundo lugar;
  • Time Brown: Afonso Cappelo e Brena Gonçalves
  • Time Claudia: Danilo Franco e Alexey Martinez
  • Time Lulu: Dan Costa e Gabriela Ferreira
  • Time Teló: Bruno Gadiol e Mylena Jardim
É sem dúvida, muito difícil escolher o melhor cantor. Todos os 4 primeiros cantam muito bem. Afonso Cappelo tem seu estilo sério e intimista muito aguçado. Dan Costa tem um tremendo carisma e canta músicas bastante agudas, o que lhe dá um leque de escolhas. Bruno Gadiol seu estilo diversificado e canta bem em inglês. E Danilo Franco pode cantar de tudo também. Mas combina com MPB, Bossa Nova, Soul, Funk. Analisando dessa forma, tecnicamente, carisma, controle de voz, o Danilo Franco é um forte candidato à vitória. Será que minha previsão vai ser confirmar? Veremos! Mas pensando bem o... Ah, não sei! Deixo pra vocês!

Obrigado pela leitura. Até a próxima!

Douglas

terça-feira, 17 de maio de 2016

A melhora da técnica vocal de John Mayer

(Se preferir, pode pausar a música)



Há algum tempo acompanho o trabalho do John Clayton Mayer. Conheci seu trabalho em 2008 e a primeira música que ouvi foi Bold As Love, originalmente gravada por Jimi Hendrix. Fiquei impressionado com sua habilidade e domínio na guitarra. Estava claro pra mim do dom que aquele cantor, guitarrista e compositor nato tinha - o que fui descobrindo ao longo do tempo, claro.

Desde então, nunca deixei de acompanhar seus trabalhos, pelo fato de também tocar guitarra desde moleque. Quando eu ainda fazia parte da banda RUS (veja post sobre a banda), ele foi uma grande inspiração. Às vezes até demais.

Em setembro de 2013 tive a oportunidade de ir ao show na Arena Anhembi em São Paulo, para um público de 60 mil pessoas segundo os organizadores. Era um público de adolescentes e casais, jovens e adultos com o mesmo gosto musical. Um show recheado de clássicos, novas canções e até músicas que estavam fora do repertório. Em alguns momentos, o público pedia, ele "tocava" contrariando até seu repertório. Minha esposa embarcou nesse show comigo. O Philip Philips abriu a noite e também foi demais. Um ano depois vídeos dessa noite fariam parte do nosso clipe do casamento!

Com relação à sua voz, era um dos primeiros shows da turnê após sua cirurgia na garganta para cura de um tumor diagnosticado em 2011. Era meu primeiro show dele e fiquei na expectativa de ouvir sua voz, sua extensão vocal que voltaria aos poucos e gradativamente. Ele fez algumas notas baixas como não de costume em suas apresentações. Era sinal de que ainda estava se acostumando com a nova etapa. Mas ao longo do show ele foi soltando a voz e fazendo sua marca registrada. Não posso deixar de citar as caretas quando canta. Ao vivo isso ficou bem evidente no telão. Mas isso é detalhe que fica de lado enquanto sola suas stratocasters.

Me lembro perfeitamente quando rumores de que ele poderia fazer um show em São Paulo, aproveitando sua vinda para o Rock in Rio 2013. E para alegria de milhares de brasileiros, o show foi feito em uma quinta-feira, antes de sua apresentação no RiR. Poderia ter feito mais um ou dois shows no Brasil tranquilamente, pois teria público pra isso.

Desde que comecei a acompanhar o trabalho do John Mayer, percebo que ele aperfeiçoou muito sua técnica vocal, se assim posso dizer. É uma análise amadora, de um ouvinte. Mas sem dúvida acredito que evoluiu e muito sua habilidade além da guitarra. Se bem que o dom que ele tem para fazer tudo que faz e ainda cantar, já basta. Mas não é todo mundo que consegue ter um evolução notável assim, penso eu.

Com esses vídeos posso exemplificar melhor minha percepção. No primeiro ele tem uma "emissão de ar maior" quando canta, fazendo o estilo desse DVD, lançado em Junho de 2003.




Nesse segundo vídeo, do Rock in Rio 2013, 10 anos depois, fica evidente a melhoria na emissão das notas com menos ar, deixando a música mais limpa e cristalina, mesmo depois da cirurgia na garganta. A música Why Georgia está em 1:01:28. Abaixo está o show completo.



Pelo fato de ter ido ao show em São Paulo e depois assistir pela TV esse show no Rock in Rio, percebi que, talvez pela "euforia" de um festival, com tempo determinado para sua apresentação, com várias bandas para se apresentar no mesmo dia e também pela reação do público de um festival desse tamanho, pelo fato de ter sido o "mesmo show" da turnê, em São Paulo ele foi mais cauteloso com suas notas, não subindo tanto nos agudos, deixando mais frente para os backing vocal. Em São Paulo foi um show longo, com muitas músicas e momentos de um show particular. Foi animal! Mas no RiR ele 'navegou' por todas as notas antes feitas em gravações originais.

Ainda sobre o Show do RiR2013, não posso deixar de citar o eletrizante solo final de Gravity, onde como sempre ele leva o publico ao delírio, 1:11:29.

Bom, para terminar e focando no melhor do JM, vou compartilhar um dos solos que mais gosto, onde ele usa a música City Love de gancho para fazer uma introdução arrebatadora;






Até a próxima!



Douglas